Pedras preciosas
Cheias de inclusões
Produzem efeitos distintos
Produzem aos olhos emoções.
Sempre que me encontro comigo
E grito, e ecoam os gritos,
Sempre que os lanço nas paredes de minha alma,
Observo os espaços vazios com calma
E lapido meu hábito
Explorando os efeitos.
Se for pra fazer
Que eu faça bem feito,
Se for para ser,
Que eu abrace a solidão,
Sem questionar
Ser ou não ser, eis a questão!
Se for para olhar o azul do céu
Que eu me perca e me incorpore a ele
De modo que sejamos indissociáveis.
Se for para desejar que sejam coisas palpáveis,
Porém se for pra amar,
Que eu me perca em pensamentos.
Minhas feridas,
Não cristalizam por dentro,
Circulam meus órgãos internos,
Preenchem espaços eternos,
Lançam-me contra a vida.
De que servem então as feridas?
Para doerem,
E me manterem acordada,
Para baterem em minha cara e dizerem:
Reaja! Você está viva!
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