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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Alemã

O nascimento da tragédia no espírito da música
Desfilando suas palavras ao som de Rammstein,
O frio do inverno chuvoso
Levando minha mente além.
Os números dispostos
Numa configuração tendendo ao infnito
Uma xícara de café
E pensamentos ativos.
Como quero,
Seduzi-la em meio a esses livros
E arrancar as suas forças
Do íntimo de seus abismos,
Em meu território
Decifrar sua alma e gemidos
E fundir o seu corpo e sua alma comigo.
Como quero,
Impactar a sua história
Como quem rasga e depreda livros de memórias
Para que antes de mim ela não se lembre de mais nada,
E amá-la sob as sombras da madrugada
Em uma morte de semana qualquer...
Como quero,
Possuir e ser, dessa mulher.

Ela

Dor,
Sem degradação.
Me lembro de tribos indígenas
Que são alvejadas por abelhas venenosas
Em seus ritos de passagem,
Dor,
Sem defasagem.
Sinto algo doer intenso
E procuro tal sacrilégio sem encontrar,
A raiz do desespero silencioso,
Onde está?
Leio a borra do café que ela sorveu
E as respostas são cinzas azuladas
Como o céu chuvoso do horário de verão,
Não podem ser interpretadas.
Alvo vive, exaurido, insistente em doer,
Algo que percebo, mas não posso reter
Que sinto, mas não posso matar.
Alto que se perde, uma dor que se esconde
Quando ela me prova com seus lábios
Quando ela vem me amar,
Sim, preciso dela,
A cura singela, que faz a dor sanar.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Nosso quarto

Seu cheiro
Vagando no livro antigo
Sua voz viajando comigo
Em momentos bons
Que não esqueço mais,
A lembrança do seu beijo,
O calor do seu colo,
Me colocam em paz.
Não há outro lugar
Em que eu queira estar
Senão os seus braços
Não há outra ação
Que eu queira tomar
Senão a de estreitar nossos laços,
Me casar contigo
E em manhãs de domingo
Acordar ao teu lado
Te ajudar com as flores do jardim
E enterrar o passado
Afogá-lo
Entre o ardor dos lençóis
Em noites quentes
No nosso quarto.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Querida,
Hoje doce,
Amanha salgado,
Estudo as finanças
Analiso seu saldo
De amor em minha conta bancária.
Amada
Você é tão necessária
Quanto esse cheiro perdido
Saído do seu café
É a febre e a brandura
E a loucura
De quem sabe sem saber o que quer.
Seu sorriso jovem
E as suposições metódicas
Seus estudos sobre américa
E discursos de mitologias nórdigas
Seu colo perfumado
Embriagando minha sanidade
Me fazem te querer
E tornam o querer a única verdade
Que permeia em meus pensamentos.
Amor,
Em nenhum momento
Me dei conta de como és presente
Em minha memória,
Seu abraço é abrigo
Seu beijo a glória
Sei que é contigo
Que quero fugir
Ir embora.