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sábado, 10 de março de 2012

Nexo

Por quanto tempo esse rio
Permanecerá estático?
Que força é essa,
Necessária para mudar o seu curso?
E mesmo estático
Suas águas são apenas,
Águas de mudança
Por quando tempo essa esperança
Sobreviverá?
Seria o tempo capaz
De mudar tudo
Como a terra muda o curso,
Muda o campo magnético?
Por quanto tempo eu estarei assim
Sem trilho,
Sem nexo?

quinta-feira, 8 de março de 2012

Matei-a

Matei-a
Depois disso
Tive todas aquelas que desejei
E amei mais do que poderia imaginar,
Me encantei,
Pelo dom de excluir,
De matar.
Matar qualquer sentimento que me é inútil,
Que me prenda
Me afogue,
Me apavore.
Matei-a,
E o tempo que a devore.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Outrora pensava
Que sem amor,
Uma amada,
Teria nas mãos apenas mais um livro em branco.
E o fim de uma paixão
Nada me ensinava,
Só restava pranto.
Outrora, meu amor era cego e mudo,
Hoje canto.
Após todas as minhas “amadas”
Pisei outros caminhos
E amei outras flores,
Hoje, há tanto que me possa definir
Menos meus antigos e intensos amores.
Hoje vivo muito mais,
Que um suspiro e um prazer mendigado
Que um coração louco sem saber por que dispara.
Hoje vivo em minha plenitude
As minhas conquistas, tantas outras realizações,
As linhas e expressões
Estampadas em minha cara.
Sim, eu amei,
Amei em toda a intensidade
E quando amei, abdiquei sem perceber
Do amor que dava a mim
De minha autenticidade.
Apenas o tempo foi capaz,
De aplacar o amor fajuto,
A paixão disfarçada de amor.
Hoje sou outra,
Verdadeiramente mulher,
Pois além dos sorrisos
Descobri a dor.
Outros à repelia,
Hoje a respeito
Pois foi somente a dor
Quem arrancou
A ilusão de meu peito.