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sábado, 2 de julho de 2011

Adeus

Vou usar uma borracha
Sobre esse papel,
Como quando era criança
E desenhava o céu
Extravasando as linhas
Borrando a imagem.
Vou corrigir esse engano
Deixar para trás essa bobagem,
Não fingir,
Mas simplesmente viver
Como se algumas coisas
Nunca tivessem existido.
Vou guerrear comigo
Até vencer um dos meus eus,
E quando um deles estiver morto
Direi aliviada:
Adeus.

Real

Tentei paralisar os pensamentos
Para não reviver um tempo
Em que todas as coisas
Era ilusórias
Tão insólitas mentiras,
Eu não queria feri-la,
Não queria ferir
Aquela menina que eu era.
Gostaria de ser ainda
A mesma criança
A mesma menina
Quer crer no amor a qualquer custo,
Ao invés de morrer de desgosto
Quando via os amores irem
Um por um.
Talvez o sol fosse mais mágico
E eu ainda pudesse conversar com as estrelas
Talvez ainda pudesse entendê-las.
Gostaria de crer ainda,
Que todas as pessoas são boas
E que todos os amores
Devem prevalecer,
Confiar apenas
No eu e você.
Ah! Eu descobri que o mundo existe,
Descobri que aqui fora tudo é escuro,
Eu tive de descer do muro
E então
Uma princesa me estendeu a mão,
Com suas luvas tão delicadas,
E eu decidi ser humana
Decidi deixar para trás
Meus universos paralelos,
É preciso sofrer pra ser real,
Assim espero.

Simplesmente um querer.

Quero ser livre
Viver,
Sem precisar medir as palavras,
Apenas quero deixar fluir
Sem precisar escolher
Um caminho específico
Uma estreita
Ou uma larga estrada.
Não quero ser testada,
Como um produto que o é
Antes de ir para a prateleira
Quero amar
E crer que é amor,
Mesmo que seja a minha maneira.
Quero estar presa por vontade,
E não simplesmente estar presa
Pela minha ética
Ou pelo meu subconsciente,
Quero ser
E não ter de ser diferente.
E ainda mais,
Eu quero crer que esse é meu direito,
Não carregar a dualidade em meu peito,
Não ter de tachar e escolher
Entre o certo e o errado,
Entre paixões efêmeras
E sentimentos elaborados.
Quero ser livre
Como a terra é livre para existir,
Não depender de ninguém
Para queimar de paixão
Para sentir,
Quero estar lá e aqui,
Gozar do meu direito de ir e vir
De lembrar e esquecer,
Eu quero me encontrar
Para depois me perder.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Everything is off?

Everything is off,
There are no letters on paper
There is no paper at all.
What good,
Delete the matter
If the spirit still here?
What good close your eyes
If you still breathe?
Letters, emails, statements,
Not express all truths,
Not simulate reactions,
And all the inanimate
Jaz deleted.
Just do not put out the nostalgia
Not erased the memories,
The books, languages​​, perfumes.
There is still a fake character,
A perfect liar
A clone, a doppelganger,
A feeling guilty,
Everything is off,
But I'm not at home.

O que ensinar.

Não tem nada a aprender comigo,
Não carrego nada útil
Que te possa ajudar,
Apenas trago
A insistência,
A incapacidade de esquecer
E a capacidade de amar.
Quem seria eu
Pra ensinar alguma coisa?
Quem seria eu,
Se mal consigo me concentrar?
Os dias passam,
Horas inteiras,
E eu aqui,
Só sei amar.
Gostaria de ensinar o esquecimento,
O desprezo e a insignificância,
Mas me resumo em lembranças
Nada mais.
Gostaria de ensinar sobre a ferramenta
Que apaga e destrói
Tudo de bom que ficou para trás,
Porque o que mata
São as boas lembranças.
Nada tenho a ensinar
Senão a dor, o nó na garganta,
Senão a nostalgia que a alma quebranta,
Senão a lembrança.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vem

Notas de amor,
Soltas em uma canção,
Vem e me entrega
Sua boca molhada
E o seu coração...
Notas de amor
Quebram nos bancos de areia,
Vem e me toma
Minha amada, companheira.
Aqui somos apenas eu e você,
E as ondas a comporem suas músicas,
Aqui, não existe melancolia,
Fazemos da noite o dia,
E do tempo
Um motivo a mais de alegria.
Nenhuma estrela nesse céu
Eu trocaria por você,
E nenhuma outra mulher no mundo
Haveria de ser.
Vem, porque te espero
Um dia, uma semana, um ano inteiro,
Rezando preces, fazendo apelos,
Vem, porque te preciso.
E os dias sem você
São abismos,
Me calam por tardes inteiras,
As canções sem você são traiçoeiras
Cheias de lembranças e saudades,
Vem, mata minha vontade,
E fique aqui, não vá embora.

Esse é o momento

Amo-te,
Por vezes com calma,
Por vezes com toda a minha urgência,
Com toda a certeza do mundo
Com toda a minha carência.
Nosso amor não é pervertido,
Sua alma, seu corpo,
São como abrigo,
Nos seus braços,
Corpos nus,
Eu me encontro comigo.
Amo-te,
Você é meu nome,
É como minhas digitais,
E suas digitais, somente as suas,
Estão aqui,
Impressas, todas espalhadas
Em meu corpo.
Amo-te,
Um amor puro e louco,
E todo amor que eu puder te dar
Ainda será pouco,
Pouco,
Para pagar esse sorriso luminoso,
Esse sabor misto em sua boca
Onde descubro todos os dias novos gostos.
Amo-te,
Amo essas mãos, únicas,
Como duas , em um milhão,
Amo o jeito que se achega
Que se deita no colchão
Que se entrega, que sussurra,
E odeio essa saudade que me surra
Quando estamos longe.
Amo, a nossa cumplicidade,
Os risos no chuveiro
As massagens,
A nossa vida
Tudo o que construímos juntas,
E quando alguém acaso pergunta
A dimensão do que sinto por você,
Sinceramente eu não sei dizer
Esse amor não pode ser medido, pesado,
Amo-te,
Amo te ter ao meu lado
E esse é o único momento
Pelo qual eu tenho esperado.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

De brincadeira

Nessas noites
Em que meus pensamentos
Se misturam e se confundem
Em que um amanhecer inteiro é tão pouco,
Só suas mãos
Para viajarem por debaixo das cobertas
E acalmar meu corpo.
Noites
Em que o sono me abala
E que lembranças tantas não me deixam dormir,
Só você
Para me fazer descobrir
O quanto seu amor é meu abrigo.
Deite-se aqui comigo
Vamos ouvir as ondas
Quebrarem nos bancos de areia,
Vamos nos perder a noite inteira.
Nesses dias
Em que atravesso a mesma ponte
Em que contemplo o mesmo oceano,
Me pergunto se vivo
Ou se me engano,
Como é possível estar tanto tempo
Tão distante do teu corpo?
Eu escuto a sua voz,
Estou sã ou estou louca?
E eu sinto o seu cheiro,
Quanto tempo ainda falta?
A lembrança da tua péle
Isso sim que me maltrata.
Quantos dias mais
Viveremos em funçao de um momento?
Não te quero só em pensamento,
Te quero aqui,
Lavandos os meus cabelos
E me enrolando na toalha,
Como naqueles dias
Em que a memória jamais me falha.
Não te quero só por um momento
Eu quero pra vida inteira,
É de coração, de corpo e alma,
Não é de brincadeira.

domingo, 22 de maio de 2011

Ela ao meu lado...

Essa luz
Nada mais é
Do que aquilo o que eu vejo
Quando olho pra ela,
Essa felicidade
É o reflexo
Daquilo que sinto
Quando acordo ao lado dela.
A sim!
Os olhos dela se abrindo
Vindo de encontro aos meus,
A péle dela sedosa,
A boca dela, o meu céu.
Qualquer lugar onde eu estivesse sem ela
Seria estranho e sombrio,
Quando seguro suas mãos
Eu me encontro e me guio.
Não há outro lugar no mundo
Onde eu desejaria estar
Senão com ela ao meu lado
Seu corpo no meu bem colado
Seu amor o meu lar.
Não existem palavras
Que eu possa usar pra dizer
Que com ela ao meu lado
É maravilhoso viver!

Onde eu quero estar

Escolhi te amar
Pela alegria que você doa
Mesmo quando tudo é tristeza,
Por sua forma de amar ser nobre
Digna da realeza.
Escolhi te amar
Por esse sorriso singelo
Que me toca e encanta,
Por essa força
Que me silencia e alcança.
Escolhi te amar
Pelo mesmo motivo
Que um corpo se torna cativo
Quando se deixa envolver por uma dança.
Você é simplesmente
Aquilo que aguça,
Meu corpo e meus sentidos.
E tudo se resume a uma morbidez sem graça
Se não está comigo.
É aquela que quero ao meu lado
Que vem e enlouquece o relógio,
Aquela que faz o passado
Ser apenas um conto sórdido.
E não há dor que resista
Quando vejo você chegar,
Nem felicidade que caiba em minha alma
Quando te posso abraçar.
Não há lugar algum no mundo
Onde eu gostaria de estar
Senão aqui ao seu lado
Para poder te amar.

Daquilo que é momento

Cansada,
Absorvida em meus pensamentos
Minhas defesas desarmadas
E as vulnerabilidades
Entregues ao vento.
Felicidade?
Felicidade é momento,
E o resto é apenas ócio ou tristezas.
Em meio a tantas incertezas
Sempre se há de encontrar
Um caminho bonito,
E se há de querer libertar um grito
De amor, plenitude, preenchimento.
Mas não se deve enganar
Tudo isso é momento,
Como um porre bem tomado
Como um querer apavorado
Uma paixão avassaladora
Um platônico sentimento,
Tudo isso é momento,
É o resto,
É sobrevivência.