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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Nanquim

Quando percorro com meus dedos essas palavras em seu corpo
E as imagens que flutuam sobre sua pele macia,
Te sinto tão minha.
Então você respira e é como se cada palavra respirasse contigo,
E eu as sinto, sigo,
Por me parecer tão evidente a existência de um mundo inteiro
Por detrás daquela tinta,
E do seu cheiro
Que sorvo
Como sorve a caneta aquela tinta de um tinteiro.
E assim, livres
Eu, você e todos esses mundos que se escondem sob nossas peles
Nos convertemos em uma cena e seu pintor,
Materializando o sentido dos beijos, do toque, da alma
Enquanto fazemos amor.