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quarta-feira, 7 de março de 2012

Outrora pensava
Que sem amor,
Uma amada,
Teria nas mãos apenas mais um livro em branco.
E o fim de uma paixão
Nada me ensinava,
Só restava pranto.
Outrora, meu amor era cego e mudo,
Hoje canto.
Após todas as minhas “amadas”
Pisei outros caminhos
E amei outras flores,
Hoje, há tanto que me possa definir
Menos meus antigos e intensos amores.
Hoje vivo muito mais,
Que um suspiro e um prazer mendigado
Que um coração louco sem saber por que dispara.
Hoje vivo em minha plenitude
As minhas conquistas, tantas outras realizações,
As linhas e expressões
Estampadas em minha cara.
Sim, eu amei,
Amei em toda a intensidade
E quando amei, abdiquei sem perceber
Do amor que dava a mim
De minha autenticidade.
Apenas o tempo foi capaz,
De aplacar o amor fajuto,
A paixão disfarçada de amor.
Hoje sou outra,
Verdadeiramente mulher,
Pois além dos sorrisos
Descobri a dor.
Outros à repelia,
Hoje a respeito
Pois foi somente a dor
Quem arrancou
A ilusão de meu peito.

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